Sociedade civil cobra respeito da gestão Raquel Lyra
Para marcar os primeiros 100 dias do governo Raquel Lyra (PSDB), a sociedade civil vem a público denunciar que o controle social deixou de acontecer em várias áreas no Estado durante este período. O Conselho Estadual de Políticas de Drogas de Pernambuco (Cepad) já foi referência nacional e hoje está paralisado, sem condições até de realizar a fiscalização de serviços de acompanhamento de pessoas que fazem uso de drogas e seus familiares.
“O problema é a falta de interesse em preencher funções importantes para a administração pública e a garantia do controle social. Essas funções foram esvaziadas com o decreto da governadora que exonerou todos os cargos em comissão e dispensou as funções gratificadas”, explica a psicóloga Priscilla Gadelha, ex-presidente do Cepad e atual integrante do colegiado.
Para a profissional, o novo governo também precisa demonstrar respeito e interesse no diálogo com os setores sociais. “Só conseguimos realizar uma reunião com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas, mesmo assim este encontro só aconteceu depois do intermédio do Ministério Público”, comenta Priscilla Gadelha.
Os Conselhos Regionais de Psicologia (CRP), de Serviço Social (Cress), de Enfermagem (Coren) e de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) já demonstraram preocupação com a necessidade da retomada do controle social em várias áreas do Estado. “Vamos seguir propondo, mas também cobrando. Qual o desejo em negar o funcionamento do controle social?”, questiona a ex-presidente do Cepad.